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Ministério da Educação

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

HISTÓRICO DE COARI

1.      HISTÓRICO DO MUNICÍPIO

O Município de Coari está localizado no Centro geográfico do Estado do Amazonas, fazendo parte da Sub-Região do Rio Negro-Solimões, que agrega um total de quinze municípios, fazendo parte do contexto geográfico do chamado Médio Solimões (juntamente com mais sete desses quinze municípios). A população atual está estimada em 92.656 (projeção/2007), com 60,0% habitantes na zona urbana e 40,0% na zona rural, com um total geral de 36.143 eleitores (TRE-Am, 2006).
Em termos de Desenvolvimento Humano, no período de 1991 a 2000, Coari cresceu 15,68% passando da 39a para 33a posição em relação ao IDH-M’s dos municípios amazonenses.
               O volume de petróleo extraído em Urucu faz do Amazonas o segundo produtor terrestre de petróleo e o terceiro produtor nacional de gás natural, e do município de Coari o maior produtor terrestre, abastecendo os estados do Pará, Amazonas, Rondônia,
Maranhão, Tocantins, Acre, Amapá e parte do Nordeste.
                 De acordo com a “Síntese Econômica do Estado do Amazonas” (SEPLAN-Am, 2006), a composição relativa do PIB (2003) de Coari, apresentou os seguintes índices: Agropecuária: 1,6%; Indústria: 91,7%; Serviços: 6,7%.
1 - Em 1540, a expedição de Francisco Orellana, viajou ao longo do rio Amazonas, trazendo consigo Frei Carvajal, sendo o primeiro cronista a escrever sobre a Região Amazônica. A expedição ao passar pelo que Carvajal chamou de Província de Machiparo, na área entre Tefé e Coari, avistou uma grande povoação que reunia 50mil homens habitantes primitivos da região de Coari (que no vocabulário indígena significa Rio de Ouro ou Rio dos Deuses). O nome do Município originou-se da missão religiosa Santana de Coari, fundada pelos missionários Jesuítas no final do Século XVII, reunindo as tribos Catauxis, Irijus,Jumas, Jurimaguas, Auapes, Purupurus e outros.
Sobre as índias: “Algumas fêmeas a que além de suas feições lindíssimas, têm os olhos verdes e outros azuis com uma esperteza e viveza tão graciosa que podem ombrear com as mais escolhidas brancas” (trecho de autoria do padre João Daniel em “Tesouro Descoberto”).
Em 1759 a aldeia foi elevada à Lugar, recebendo o nome de Alvelos.
Em 1833, foi o Lugar Alvelos elevado à Freguesia, sob a invocação de Nossa Senhora Santana.
Em 10.05.1874, foi elevada à Vila. Em 15.11.1890, foi instalado o termo judiciário da Vila de Coari e, em 10.04.1891, a Comarca.
Em 30.10.1913, foi suprimida a Comarca de Coari, ficando o termo subordinado à Comarca de Tefé. Em 1916, em virtude da Lei n° 844, de 14 de fevereiro do mesmo ano, foi instalada a Comarca de Coari e, suprimida novamente, pela Lei n° 133, de 7 de fevereiro de 1922.
               A Comarca foi restaurada, outra vez, pela em 10.03.1924, compreendendo, os termos de Coari, Manacapuru e Codajás, até a instalação das Comarcas desses termos.
Em 02.08.1932, pela Lei Estadual nº 1665, Coari é elevada à categoria de cidade. No passado a economia girava em torno da indústria extrativista e cultura da seringueira, com destaque para a produção da banana.
A partir da descoberta, em1986, do gás natural e do petróleo de alta qualidade, os benefícios desses bens naturais passaram a reescrever a história do município. Somem-se ainda as externalidades econômicas como a construção do Gasoduto Coari-Manaus que deverá consolidar o município como o principal irradiador de desenvolvimento, em escalas regional e macrorregional, com reflexos positivos na economia da região Norte e do Brasil.

1.2. ASPECTOS CONJUNTURAIS E ESTRUTURAIS

1.2.1. DADOS GERAIS

Localização: Região do Rio Negro-Solimões, à margem direita do rio Solimões, com sua sede no lago de Coari, distando de Manaus 363 km em linha reta e por via fluvial 421 km.
Acesso: fluvial e aéreo
Área Territorial: 57.921,64 km²
Densidade Demográfica: 1,6 hab/km² (2007)
Altitude da Sede: 40,0 m acima do nível do mar
Clima: tropical chuvoso e úmido.
Temperatura: máx. de 35ºC e mín. de 31ºC.
Limites: com os municípios de Maraã, Tapauá, Anori, Tefé e
Codajás.
Frota de veículos (2004 e 2006): 2.803 - ?
Automóvel: 142 - ? Caminhão: 32 - ?
Caminhonete: 37 - ? Micro-ônibus: 1 - ?
Motocicleta: 1.310 - ? Motoneta: 560 - ?
Ônibus: 1 - ?
Esperança de vida ao nascer: 67,2 anos
Comunidades rurais: 205, das quais 6 indígenas.
Ensino Superior: Sim
Comunicações: Estação AM (S); Estação FM (S);
Geradora de TV (S); Provedor de Internet (S); Telefonia.
Celular (S ).
Eleitores: 36.143 (2006)
Notas:

2 - População infanto-juvenil:
O Município apresenta 57,1 % de sua população total
formada por crianças e adolescentes, sendo:
. 3,0 % por crianças com menos de 1 ano;
. 13,4 % por crianças entre 1 a 4 anos;
. 15,0 % por crianças entre 5 a 9 anos;
. 13,6 % por crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos;
12,1 % por adolescentes entre 15 e 19 anos
. A participação das demais faixas etárias pode ser extraída
diretamente da pirâmide etária.

3 - Mulheres em idade fértil: 59,8 % da população feminina, na faixa etária de 10 a 49 anos.
1 - A desagregação por idade e sexo, para os períodos. Intercensitários, repete a estrutura etária do último Censo, conforme a Metodologia do IBGE.

As informações a seguir, dizem respeito aos indicadores conjunturais apurados durante as duas últimas décadas, que deverão servir de parâmetros de comparação com as futuras avaliações do Plano Diretor e com os indicadores dos próximos Censos:
População 1991 2000
População nos dois últimos censos
Em 1991

População Total 38.678 67.096
Urbana 21.081 39.504
Rural 17.597 27.592

Em 2000
População Total 67.096
Urbana 39.504
Rural 27.592
Domicílios em 2000
Total: 10.563 domicílios
- área urbana: 6.695 domicílios
- área rural: 3.868 domicílios
·         No período 1991-2000, a população apresentou uma taxa média de crescimento anual de 6,56%. A taxa de urbanização no período 1991-2000 cresceu 8,02%.



Índice Municipal de Desenvolvimento Humano (IDH-M) (1991/2000)

Comentário do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento):
Evolução do IDH-M no período de 1991-2000.
No período 1991-2000, o índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) de Coari cresceu 15,68%, passando de 0,542 em 1991 para 0,627 em 2000.
A dimensão que mais contribuiu para este crescimento foi a Educação seguida pela Longevidade e pela Renda.
Neste período, o hiato de desenvolvimento humano (a distância entre o IDH do município e o limite máximo do IDH, ou seja, 1 - IDH) foi reduzido em 18,6%.
Se mantivesse esta taxa de crescimento do IDH-M, o município levaria 22,7 anos para alcançar São Caetano do Sul (SP), o município com o melhor IDH-M do Brasil (0,919), e 12,5 anos para alcançar.
Manaus (AM), o município com o melhor IDH-M do Estado (0,774).
Situação do IDH-M em 2000
Em 2000, o índice de Desenvolvimento Humano Municipal de Coari foi de 0,627. Segundo a classificação do PNUD, o município está entre as regiões consideradas de médio desenvolvimento humano (IDH entre 0,5 e 0,8)
Em relação aos outros municípios do Brasil, Coari apresenta uma situação ruim: ocupa a 4176ª posição, sendo que 4175 municípios (75,8%) estão em situação melhor e 1331 municípios (24,2%) estão em situação pior ou igual.
Em relação aos outros municípios do Estado, Coari apresenta uma situação intermediária: ocupa a 33a posição, sendo que 32 municípios (51,6%) estão em situação melhor e 29 municípios (48,4%) estão em situação precária.
1991 2000
Renda per capita (R$) 75,06 81,17
% da renda proveniente de transferências governamentais 5,77 11,11
% da renda proveniente de rendimentos do trabalho 87,81 73,09
% de pessoas com mais de 50% da renda provenientes de
Transferências governamentais 3,48 9,03
Na década passada a renda per capita média do município cresceu 8,14%.
Comparação: Renda per capita em agosto de 1991: Brasil: R$ 230,00; Amazonas: R$ 180,10 em agosto de 2000: Brasil: R$ 297,23; Amazonas: R$ 173,90
Formação da Renda Interna na década passada:
Fonte: IBGE (dados dos Censos, coletados em agosto de 1991 e 2000)
Nota: A renda, mede o poder de compra da população, com base no Produto Interno Bruto per capita, ajustado ao custo de vida local.


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